A primeira semana

Antes de começar o plano dizia que não sabia bem o que me ia custar mais: começar a levantar-me todos os dias às 06h e pouco para ir treinar, o treino em si, ter que pesar e preparar a comida toda, ou passar a comer sete refeições por dia. Claramente que o mais difícil foi a quantidade de refeições.

A primeira semana foi horrível. Não há outra palavra. O primeiro dia de treino deixou-me de rastos (quando terminei literalmente tive que me agarrar ao corrimão para subir o lance de escadas que dá acesso ao balneário), as cerca de 7 horas de sono não eram suficientes para recuperar do cansaço do dia e ganhar força para o dia seguinte, e, acima de tudo, estava sempre mal disposta. 

Eu comia muito pouco antes de começar isto, as "meias-doses" davam para almoço e jantar, e sempre que comia um bocado mais ao almoço ficava de tal forma cheia que passava o resto do dia sem comer (e antes de me deitar bebia um copo de leite com chocolate ou cevada).

De repente, sete refeições. Quando começava a comer ainda estava cheia de refeição anterior - e se ao longo do dia ainda dava para aguentar, à noite era o pior: tinha que fazer uma refeição ao deitar (depois de já ter jantado bem) e de manhã ainda me sentia cheia, mas tinha que voltar a comer. Horrível. 

Ao terceiro ou quarto dia estava de tal forma de rastos que depois de jantar só queria ir deitar-me. Mas não podia, porque ainda me faltava fazer uma refeição, que seria cerca de 2h depois do jantar. Preparei tudo, fui para o sofá, dormi um bocado, às 23h30 acordei e fui comer (ainda cheia) e só depois então me fui deitar "a sério". Voltei a fazer isto uma série de dias - era um sono interrompido, mas foi o que me safou durante os primeiros tempos.

Foi uma primeira semana horrível, não há dúvida. Mas a nossa capacidade de adaptação é uma coisa fantástica - e à segunda semana já estava tudo muito mais encaminhado e tranquilo.